É terra, origem, mar… é água, é infância… é o nosso lugar.
Abertura no tempo, sublime sereia,
voz que insinua p’ra escolhos escondidos,
perdidos na areia.
Enrolados p’la onda, combinam-se os corpos,
náufragos vivos em trajes soltos.
Ao alto a cegonha,
cúmplice testemunha de um berço diferente,
no conforto do abraço,
num laço de gente.
Foto de
Fernando Amaral em
Olhares Foram doze as luas que iluminaram...
Outras tantas que no escuro inspiraram, em ardor!
Sem palavras me entrego, na mão me derramo,
Sou luz, brilho e reflexo,
estro nutrido em afago, num abraço de mimo e amor!
Abriga este pequeno vislumbre
que num fulgor intenso se transforma,
estende a mão, aceita a ternura,
bebe este afecto, transpira doçura,
do meu jeito, desta forma...
em declaração, pura.