Estavas vestida de branco...
Esse beijo roubado que não veio de ti e não foi de mim...esse doce amargo que foi desejado sem ser pedido, que veio de dentro e se soltou...tremido, quente e molhado...
Nem o ar atrapalhado impediu de roubar outro...e outro.
Fazemos amor virtual, real, sem segredos, sem lados escuros, de coração aberto, duas metades de laranja!
Não há mais mundo, só a nossa dimensão, onde respiramos, onde suspiramos, onde nos encontramos.
Esse beijo de vontade, colocou num só momento, num só parêntese, dois Ãntimos sentidos numa viagem voluptuosa ao âmago da felicidade.
Deste-me a mão e eu acariciei o teu rosto. Deixámos envolver a nossa cumplicidade em cascatas de carÃcias.
Senti-me tremer com tanta beleza...conduzi-te o resto da noite...naquele sofá, voei contigo um tempo infindável...a brisa que entrava e nos cobria o corpo, trouxe do mar o tempero necessário.
Bebo prazer e ternura desta fonte que és tu...
Entraste pela sala preenchendo todo aquele espaço com enorme sensualidade.
O mar como cenário, envolveu-me numa vaga de energia...era a tua luz que eu queria absorver.
O teu corpo move-se entre aromas de apelo fÃsico, e a tua expressão, simples e segura, provoca inquitação em mim.
O coração palpitou, e de um impulso, parti para te receber nos braços...a água que me sobrava no corpo, cedo se evaporou.
Percebi então a dimensão das alterações que me iriam acompanhar pelo resto da noite.
Nasceu um Laço!
Nasceu por amor, vontade, paixão,
De cumplicidades e suspiros envergonhados.
Um parêntese...um abraço...
A minha mão na tua mão!